São duas opções de destino: Tulum (centro) e Tulum (Zona Arqueológica). Se você estiver indo especificamente para conhecer as ruínas maias, vale a pena pegar o ônibus com destino para a Zona Arqueológica, que deixa bem na frente da entrada do parque. Mas, se você estiver hospedado na cidade (como era o nosso caso), compensa pegar o ônibus que deixa no terminal do centro mesmo.

Nós pagamos MX$38 (cerca de R$9) a passagem por pessoa, mas demos sorte de conseguir esse valor, já que o preço normal é de MX$62. Se você quiser garantir um desconto, vale a pena baixar o app da ADO no seu smartphone, porque sempre tem umas ofertas por lá (já vimos passagens com desconto de até 50%).

O trajeto todo leva cerca de 1h, e a rodoviária em Tulum fica a 1km do hotel onde estávamos hospedados. (dica: dependendo da localização do seu hotel, vale a pena conversar com o motorista e pedir pra ele parar em algum ponto mais próximo).

Onde ficar em Tulum

Nós ficamos hospedados no Hotel Xibalba, que infelizmente não existe mais. O espaço era também um Dive Center, e um dos mais conhecidos para explorar os Cenotes de Tulum, junto com o Robbie Schmittner.

Xibalba Hotel e Dive Center em Tulum.

Hotel Xibalba, onde ficamos em Tulum – México.

Se você estiver procurando hospedagem em Tulum, aqui você vai encontrar boas opções.

Nesse vídeo a gente mostra um pouco do nosso trajeto desde Cozumel até chegar no Xibalba, e também já mostramos como foi o primeiro mergulho que fizemos, no Grand Cenote:

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Mergulho no Grand Cenote

Grand Cenote – Tulum, México.

O primeiro lugar que o Robbie nos levou foi o Grand Cenote, um dos cenotes mais populares da Riviera Maia. Ele fica a cerca de 4km do hotel, na estrada que leva à cidade de Cobá. 

O cenote fica em uma propriedade particular e, para entrar, tem que pagar uma taxa de MX$200 (R$44) por pessoa. É uma taxa meio alta, mas o lugar oferece uma estrutura com banheiro, estacionamento e guarda-volumes.

O Grand Cenote é um cenote aberto, permitindo que a luz do sol entre e atinja quase todo o ambiente, o tempo todo. 

Foi nossa primeira vez mergulhando em um cenote, e a experiência foi incrível! Com colunas enormes e cheio de estalactites e estalagmites, o visual desse lugar é diferente de tudo que já vimos.

O visual dentro do Grand Cenote é incrível, cheio de estalactites e estalagmites.

A água doce do cenote é tão cristalina que muitas vezes até esquecemos que estamos debaixo d’água, e a sensação é de que estamos voando (sim, voando) dentro de uma caverna! A gente fala sobre isso no vídeo, se você não assistiu, volta lá e dá o play porque não tem como descrever essa experiência. 

No finalzinho do mergulho, ainda encontramos o Mexican Blind Brotula, uma espécie de peixe cego, que vive nas cavernas da região. O peixe não tem olho, o que fez melhorar muito os seus outros sentidos.

Mergulho no Cenote Calavera

Na sequência do Grand Cenote, fomos para o Cenote Calavera, onde também é cobrada uma taxa de MX$ 200 pra entrar. Esse cenote ficou super famoso no instagram e, por causa disso, o local hoje é bem mais cheio do que quando fomos (em 2015). 

Mais uma vez,o mergulho foi incrível! E o vídeo vai conseguir mostrar a experiência muito melhor do que o texto:

Pra entrar na água, você deve se jogar de uma altura de quase 3 metros, com o equipamento! No vídeo nem parece que é tão alto, mas na hora não é tão simples assim… hahaha

As passagens por dentro do cenote Calavera são um pouco mais estreitas do que no Grand Cenote, mas é tranquilo até mesmo para mergulhadores iniciantes.

No Cenote Calavera, as passagens de mergulho são um pouco mais estreitas.

A parte de cima da foto que parece estar “embaçada”, é o efeito provocado pelo encontro da água doce com a água salgada, no Cenote Calavera.

Uma coisa muito legal do Calavera é que nele se misturam água doce e água salgada, provocando uma visão meio embaçada, como se tivesse óleo na água (veja no vídeo). Esse fenômeno se chama haloclina, e acontece devido às diferentes propriedades de refração da luz.

Mas esse efeito só é provocado quando se passa na divisão entre as duas águas. Na maior parte do tempo, o mergulho é feito em águas extremamente cristalinas (seja ela doce ou salgada).

Aliás, a visibilidade desses cenotes é uma característica que você raramente vai encontrar em um mergulho no mar… são mais de 100 metros de visibilidade! É surreal!! 

Robbie Schmittner no Cenote Calavera, em Tulum

Em uma parte do percurso, se olhar com atenção nas paredes da caverna, você pode encontrar fósseis de conchas, caracóis e até a mandíbula de um animal. Isso tudo são a prova de que essas cavernas já foram secas um dia, e os animais transitavam normalmente por ela.

Outra coisa que chama atenção no mergulho no cenote Calavera são as estruturas de estalactites e estalagmites, corroídas pela água salgada, que formam verdadeiras obras de arte. É muito legal de ver de perto!

Estruturas corroídas pela água salgada no Cenote Calavera

O que mais você precisa saber sobre o mergulho nos Cenotes de Tulum

Para mergulhar na maioria dos cenotes, não basta ser um mergulhador certificado. É preciso ter a especialização de mergulho em caverna, onde você vai aprender uma série de procedimentos e técnicas de segurança necessárias.

Porém, alguns cenotes apresentam uma alternativa para os mergulhadores que não tem esse curso – como é o nosso caso. É o que eles chamam de “Cavern Dive”, e é uma modalidade que permite acesso somente às áreas atingidas pela luz do sol. 

Dessa forma, se tiver algum problema durante o mergulho, a saída está fácil de ser localizada, e não necessita de nenhum treinamento específico.

Os dois cenotes que conhecemos, inclusive, são cheios de placas sinalizando até onde o mergulhador pode avançar sem ter o curso de caverna.

Placas de sinalização restringindo a passagem de mergulhadores sem o curso de caverna.

Placas de sinalização restringindo a passagem de mergulhadores sem o curso de caverna.

Além disso, não esqueça de levar a lanterna de mergulho, pois, mesmo com acesso à luz do sol, alguns lugares no interior do cenote ficam mais escuros, e a lanterna ajuda bastante na visibilidade. 

Fora isso, se você só está acostumado a mergulhar em água salgada, prepare-se para uma sensação bem diferente. A diferença de flutuabilidade é gritante! Você consegue sentir a densidade da água de outra forma, e é muito legal notar isso.

Outra coisa muito legal do mergulho em cenote é que, como é tudo água doce, você não precisa lavar o seu equipamento! É só a parte boa! hahaha

Água doce e cristalina: mergulhar nos cenotes de Tulum é uma experiência incrível!

E aí? Curtiu as dicas? Anotou algum desses cenotes pra conhecer na sua viagem pro México? Conta aí nos comentários! E, depois que for, não esquece de voltar aqui pra contar como foi a sua experiência. Vamos adorar saber!