Bali foi o primeiro destino que conhecemos na Ásia. Estávamos ainda no início da nossa Volta ao Mundo, e muito ansiosos por tudo que viria pela frente. Mal poderíamos imaginar que essa ilha da Indonésia seria a melhor combinação de tudo que o Sudeste Asiático tem pra oferecer: paisagens naturais lindas, uma presença bem marcante das tradições culturais, templos religiosos, culinária deliciosa e um povo extremamente acolhedor e cativante.

Ah, Bali!… só de fechar os olhos, quase posso sentir o cheiro do incenso que pairava pelas ruas de Ubud, cheias de oferendas aos deuses do hinduísmo. ♡

O pôr do sol inesquecível na praia de Seminyak.

Nesse artigo, vamos dar uma panorama geral sobre a nossa viagem para essa ilha incrível da Indonésia: como chegar, quantos dias ficar, melhores formas de deslocamento, o que comer, onde ficar, visto, quanto custa… enfim! Vai ser um guia completo de Bali pra te ajudar a planejar a viagem mais incrível que você vai fazer!

Onde fica Bali?

A primeira coisa a se fazer quando for planejar uma viagem é localizar o destino no mapa. Bali é uma ilha que faz parte da Indonésia, um país do Sudeste Asiático com mais de 17mil ilhas!

Conhecida como Ilha dos Deuses, é o principal destino turístico da Indonésia, e, como o apelido já sugere, tem a religião muito presente na vida de todos que moram ali.

A Indonésia é um país muçulmano, mas Bali é a única exceção, com a maior parte da população adepta ao hinduísmo. É inevitável não perceber a presença forte da religião, que se manifesta de diversas formas, no dia-a-dia mesmo dos habitantes locais.

As ruas são cobertas por oferendas, há cortejos e celebrações públicas em datas religiosas e templos espalhados por todos os lados. Em Ubud especificamente, nos primeiros dias, é até difícil conseguir diferenciar os templos das casas das pessoas! Teve algumas vezes, inclusive, que a gente quase entrou na casa de alguém, achando que tava entrando em um templo! 😂 🤦‍♀️

As ruas de Bali, especialmente em Ubud, são cobertas de oferendas para os deuses do hinduísmo.

Voltando para o mapa, a primeira impressão que podemos ter é que Bali é uma ilha bem pequena. Mas, não se deixe enganar! Com uma área de 5.780km2, a ilha é enorme! Mais pra frente nesse texto, vamos falar melhor sobre as diferentes regiões de Bali e quanto tempo sugerimos ficar em cada uma delas.

Visto

Brasileiros não precisam de visto para viajar para a Indonésia, e podem ficar a turismo por até 30 dias no país.

O passaporte deve ter validade de no mínimo 6 meses, e é obrigatória a apresentação do certificado internacional de vacinação contra a febre amarela.

Vimos em alguns sites que antes era preciso pagar uma taxa para entrar no país, e outra para sair. Mas nada disso é mais necessário. Entramos e saímos em 2018, sem pagar nenhuma taxa extra no aeroporto.

Para informações mais detalhadas e atuais sobre as exigências da imigração, e recomendações oficiais para o turismo, a gente sempre dá uma olhada no site do Itamaraty.

Moeda

A moeda oficial da Indonésia é a Rupia Indonesia (IDR), e o mais recomendado é que você saia do Brasil com dólares, para trocar pela moeda local quando chegar lá.

Mas não vai trocar tudo no aeroporto, hein?! Troque uma quantia mínima assim que chegar, e deixe para trocar o restante quando já estiver na cidade, que a cotação vai ser bem melhor.

Só é preciso ter muita atenção com os golpes! Como a moeda é muito desvalorizada (US$1 equivale a cerca de IDR 17.000), você acaba saindo com muitas notas quando troca dinheiro, e é super comum em Bali, principalmente nas lojas das ruas mais turísticas, que oferecem aquela “cotação incrível”, sumirem com um montante de dinheiro sem você nem perceber. Fique atento!

Ubud é a cidade com mais características culturais e tradicionais de Bali.

Por ser muito turística, a maioria dos estabelecimentos em Bali aceita também cartão de crédito, mas alguns lugares só aceitam dinheiro. Aconteceu em um restaurante que estávamos em Ubud, na hora de pagar a conta, só tínhamos cartão, e o Rafa teve que sair correndo pra procurar um caixa eletrônico e sacar dinheiro, enquanto eu fiquei esperando no restaurante. 😅 rs

O dólar australiano e o euro são outras opções de moedas bem aceitas nas casas de câmbio de Bali.

Idioma

O idioma oficial de Bali é o indonésio, mas na ilha fala-se também balinês, mandarin e, para a tranquilidade dos turistas, inglês! 🙏

Em geral, não tivemos nenhum problema para nos comunicar, principalmente nos restaurantes, hotéis maiores e lugares de forte atração turística. Sempre tem alguém que fala inglês e vai estar disposto a te ajudar, com um sorriso acolhedor típico de Bali.

Uma das muitas belezas de Bali são os templos espalhados por Ubud.

Mesmo assim, é sempre recomendado que você aprenda algumas palavras no idioma local, nem que seja de curiosidade, e por educação.

A principal palavra que nós aprendemos, e falávamos sempre é terima kasih (pronuncia-se praticamente como se escreve: “terimá kasí”), que quer dizer “obrigado!”. Outra forma de dizer a mesma coisa é suksma (“suksumá”).

O Bruno e a Victoria, do Na Proa da Vida, fizeram uma lista de várias palavras, números e expressões em indonésio. Se você já quer ir se acostumando com idioma, e até saber o que pedir no restaurante, vale dar uma olhada no post do blog deles, que está bem completo! 😉

Como chegar em Bali

O aeroporto internacional de Bali fica na capital, Denpasar, bem perto da região de Kuta. Apesar de ser um aeroporto grande, coberto por muitas companhias aéreas, não existem vôos diretos saindo do Brasil para a Indonésia.

As opções geralmente fazem escala em Dubai, Doha, Istambul ou alguma cidade da Europa. Sendo assim, tenha em mente que será um vôo longo (mais de 24h de duração), e muito provavelmente com mais de uma escala.

Tudo isso também faz a passagem sair mais cara (espere encontrar valores acima de R$4.000).

Se você já está na Ásia, ou mesmo na Austrália, como foi o nosso caso, o trajeto é bem mais simples, rápido e barato, já que existem várias companhias aéreas low cost que voam para Bali.

Nós estávamos em Perth, na Austrália Ocidental, ainda mais perto da Indonésia do que Sydney. Pagamos cerca de US$120 na passagem só de ida, já com taxas e bagagem incluída (uma mala de 23kg), e o vôo teve a duração de 4h. — Na época, o dólar estava R$3,40. 

Transporte em Bali: como se deslocar?

A Monkey Forest, em Ubud, é um dos lugares imperdíveis para conhecer em Bali.

Como já falamos, a ilha de Bali é enorme, e qualquer deslocamento interno leva tempo. Não existe transporte público, e as principais formas de transporte local são carro, moto e bicicleta.

Para os turistas, as opções são os táxis e aplicativos, como Uber (que na Ásia se chama Grab), alugar um carro ou moto, ou contratar um motorista particular por um dia inteiro, por exemplo. Com base na nossa experiência, recomendamos essa última opção (contratar um motorista), e já vamos te explicar os motivos.

Táxi

O assédio aos turistas por parte dos taxistas é muito grande, e você já vai sentir isso logo que sair do aeroporto. O principal cuidado que você tem que tomar aqui é com relação ao valor. Como na maior parte da Ásia, eles não trabalham com taxímetro, e você tem que negociar o valor antes de entrar no carro. Mas negocie BEM!

Cerimônia religiosa pelas ruas de Ubud.

Nós usamos táxi para sair do aeroporto, pois era a única opção. Já tínhamos pesquisado em outros blogs sobre o Blue Bird, que é o sistema de táxi oficial da cidade, e o valor sugerido do app para nos levar do aeroporto até Ubud (quase 40km de distância) estava em torno de 200mil rúpias.

A primeira oferta de táxi que recebemos no aeroporto foi de 600mil rúpias pelo mesmo trajeto (uma diferença de cerca de US$20!). Recusamos várias outras ofertas, e após muita paciência, conseguimos chegar no valor de 240mil rúpias.

No aeroporto, tem um balcão de táxi com os preços oficiais tabelados, você pode tentar dar uma olhada ali também para ter uma base de negociação.

Uber / Grab

O aplicativo até funciona bem em Bali (e é muito mais barato do que negociar um valor com os taxistas), mas quando estávamos lá, no começo de 2018, a Uber ainda não tinha comprado o Grab, e existia uma verdadeira “máfia dos taxistas” contra os motoristas — e até usuários — de aplicativo.

O Uber/Grab não pode entrar em determinadas ruas (existem placas com sinais que proíbem a circulação deles), ou não pode parar perto de determinados hotéis ou estabelecimentos turísticos. Se o motorista “desobedecer” e resolver enfrentar essa regra, pode resultar em “multa” (não oficial), ou até mesmo violência física (e pode sobrar tanto para o motorista quanto para o turista que estiver usando o app).

O Tanah Lot, esse templo hindu que fica literalmente no mar, é uma das principais atrações de Bali, e fica um pouco mais afastado.

Usamos o Grab para ir de Seminyak até o Tanah Lot, um templo que fica no mar, em uma região mais afastada. Para ir, até que foi tranquilo, o motorista nos deixou a alguns metros da entrada (não podia chegar muito perto). Nosso problema foi para voltar. Ficamos lá até o sol se por, e por ser uma região afastada, não conseguíamos nenhum Uber ou Grab para voltar.

Tivemos que caminhar por um tempo, até nos afastar mais da entrada principal e da zona mais turística, até que alguns taxistas começaram a buzinar e oferecer a corrida até o nosso hotel. Acabamos fechando com o terceiro que nos abordou, após ter uma noção média do valor que estavam cobrando, para podermos negociar também.

Alugar carro ou moto

Até estávamos considerando alugar uma moto para fazer os passeios mais afastados que queríamos, mas desistimos quando soubemos que a polícia de Bali é muito corrupta, e rolam muitas blitz para tentar ganhar dinheiro em cima do turista. Como nós não estávamos com a Carteira de Habilitação Internacional (PID), achamos melhor não arriscar.

Mas, se você quiser se aventurar, nossas dicas são: tenha a PID em mãos (mesmo se for alugar moto), use sempre capacete e cinto de segurança, e tenha atenção redobrada no trânsito: além de ser um pouco caótico, em Bali dirige-se na mão inglesa.

Motorista particular

Contratamos um motorista para fazer um tour de um dia em Uluwatu: passamos em várias praias e terminamos o dia com esse por do sol.

Foi a melhor forma de deslocamento que encontramos! Além do conforto em não precisar se preocupar com trânsito, polícia ou possíveis desavenças, é também muito barato (de US$20 a US$30 o dia), e vale a pena.

Você pode pedir ajuda para o seu hotel indicar um motorista, fechar com algum taxista, ou encontrar indicações na internet, que foi o que fizemos. Pedimos sugestões em um grupo do Facebook (“Brasileiros em Bali”, ou algo do tipo), entramos em contato com uns 3 motoristas que nos indicaram, e fechamos com o que mais gostamos.

Você pode fechar um valor pelo dia todo (geralmente, 12 horas), e combinar o roteiro que quiser, e ele vai ficar à sua disposição. Embora possa parecer um pouco estranho para nós aqui no Brasil, essa é uma prática muito comum em Bali, e tem um ótimo custo-benefício, principalmente se você estiver em mais pessoas. Nós pagamos cerca de US$30 pelo dia, em um tour que fizemos pelas praias e templos de Uluwatu.

O que comer em Bali?

Mie Goreng: noodles, vegetais, ovo e salgadinho de camarão.

Ao contrário do que acontece na Tailândia ou na Malásia, a comida na Indonésia não é TÃO apimentada. Teve uma única vez que pedimos um spaghetti ao sugo que estava pimenta pura 😅. Mas foi uma exceção. No geral, nossa experiência gastronômica em Bali foi bem tranquila.

O prato típico daqui, que você vai encontrar em todo warung (restaurante local) é o Nasi Goreng, que pode ser traduzido como “arroz frito”. É uma mistura de arroz com legumes e um ovo frito por cima, acompanhado de kupruk (um salgadinho de camarão). Tem também o Mie Goreng, que é a mesma coisa, mas com noodles no lugar do arroz.

Fora isso, não é difícil encontrar outras opções nos restaurantes da ilha: tem pizza, massa e até hamburger! Claro que essas opções vão ser mais caras que um prato local. Mas nada é um absurdo, e dá pra intercalar as refeições sem passar perrengue!

Com o calor que faz na ilha, uma dica para se manter hidratado — e feliz — é tomar água de coco! Tem vendendo em toda esquina, é super barato, e alguns são enormes! Aproveite!

Regiões de Bali: onde ficar?

A melhor forma de se organizar para conhecer tudo que Bali tem para oferecer é dividir a sua estadia pelas regiões da ilha. Assim, você ganha tempo no deslocamento de um lugar par ao outro, e consegue aproveitar melhor as atrações de cada lugar.

Bali tem opções de hospedagem para todos os gostos, e a principal vantagem é que aqui é possível ficar em um hotel super bacana, com piscina e bem localizado, sem precisar pagar uma fortuna, comparando com outros destinos por aí.

Mas, se você quiser ter uma experiência mais local, pode economizar ainda mais. Em Ubud, nós ficamos em uma homestay, que basicamente é uma acomodação dentro da casa de moradores locais. Nesse vídeo a gente mostra a nossa chegada e um pouco do lugar que ficamos em Ubud:

Apesar de nos perdermos pelas ruas de Ubud no início 😂, nós adoramos a experiência de ter ficado lá. Os donos do local nos receberam super bem, e até hoje a gente sonha com as panquecas de matcha que eles serviam no café da manhã!

O nome da homestay é Ari House, e nós reservamos direto pelo Booking mesmo (parece que eles não estão mais no Booking, mas encontramos alguns lugares próximos e semelhantes: Sari House, Teja Homestay, Angga Homestay, Praety Homestay e Depa House).

Café da manhã da nossa hospedagem em Ubud: panquecas de matcha com banana (d-i-v-i-n-a-s), omelete e frutas!

Se você ainda não conhece, o Booking é uma excelente ferramenta para reserva de hotéis em qualquer parte do mundo. A gente sempre usa, e a melhor dica para encontrar algo bom é buscar pelo mapa, e olhar as avaliações de quem já se hospedou lá.

Nós ficamos 17 dias em Bali, e dividimos nosso roteiro entre Ubud (8 dias), Tulamben (2 dias) e Seminyak (7 dias).

Ubud

Ubud é a região dos templos, terraços de arroz e cachoeiras.

É a região central, e a parte mais rica culturalmente. Onde você vai encontrar aulas de yoga, restaurantes veganos, spas… é o lado mais ZEN – e mais mágico – de Bali. Nem preciso falar que é o nosso lugar preferido, né? Cercada de florestas, é a região mais próxima dos templos, da Monkey Forest, dos Terraços de Arroz e Cachoeiras.

O melhor lugar para se hospedar em Ubud, pensando em localização, é na região entre o Ubud Palace e a Monkey Forest (nas proximidades desse retângulo delimitado pelas ruas Jl Monkey Forest e Jl Hanoman).

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Canggu

É o lado mais hipster de Bali, que infelizmente não conhecemos. Cheia de cafés charmosos, e praias ótimas para prática de surf.

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Kuta

É a região mais urbanizada, mais barulhenta e, na nossa opinião, tão cheia de turistas que é até mais descaracterizada do que realmente significa estar em Bali. É também conhecida como a “Cancun Australiana”, devido à grande quantidade de jovens australianos que escolhem essa região para passar as férias.

A principal vantagem de se hospedar por aqui é a proximidade com o aeroporto. Nós passamos a última noite nessa região, no Hotel Grandmas Legian. Como nosso vôo saía de madrugada, foi bom ter esse conforto de estar mais próximo do aeroporto e não precisar sair com tanta antecedência do hotel.

Noss sugestão de localização se você quiser se hospedar em Kuta é procurar algo mais próximo das praias (Kuta Beach e Legian Beach).

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Seminyak

Seminyak é uma região de praia, com vibe jovem, cheia de restaurantes e barzinhos descolados.

Fica um pouco acima de Kuta, mas com uma vibe mais cool. Mais perto da praia, cheia de restaurantes e barzinhos descolados, é uma região bem movimentada, mas tem uma atmosfera um pouco mais relax. 

Nós ficamos 7 dias no Grandmas Plus Hotel Seminyak e adoramos! O quarto é bem confortável, staff simpático e atencioso, fica próximo à praia, tem uma piscina bem charmosa e um restaurante delicioso, além de um spa dentro do próprio hotel.

A piscina do Grandmas Hotel, onde ficamos em Seminyak.

É uma boa região também para conhecer as praias mais ao sul, e o templo de Uluwatu. Dá pra fazer bate-volta tranquilamente em um dia entre essas regiões.

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Uluwatu

Mais ao sul da ilha, é uma região com praias lindas, cheias de surfistas, penhascos com vistas de tirar o fôlego e provavelmente o templo mais famoso da ilha.

Penhascos, muito verde, praias e vistas lindas: assim é Uluwatu, no sul de Bali.

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Sanur

Região de praias que também não conhecemos, pois ficava do lado oposto ao que fomos. É o ponto de partida para quem vai para Nusa Penida ou Nusa Lembongan.

Encontre opções de hospedagem em Sanur

Tulamben

Mais para o norte da ilha, Tulamben é uma região muito procurada por mergulhadores, e para quem quer escalar o vulcão Mount Batur.

Mais ao norte da ilha, fomos até lá com um único objetivo: mergulhar! E é basicamente isso que você vai encontrar nessa região: alguns restaurantes locais e muitos dive centers. É também uma das regiões mais próximas para quem quer escalar o vulcão Mount Batur.

Nós ficamos 2 noites no Aqua Dive Paradise, e fechamos um pacote com hospedagem + mergulho. O lugar é bem simples, mas funcional, e valeu muito a pena pelo valor que pagamos no pacote. A equipe de mergulhadores é bem gente boa, e tinha café da manhã incluído na diária.

Encontre outras opções de hospedagem em Tulamben.

Quanto tempo ficar em Bali?

Essa pergunta é um pouco relativa, e a verdade é que depende do que você quer fazer, quais são as suas prioridades e quanto tempo você tem disponível de fato.

Viajar para Bali é uma experiência inesquecível.

Se você já acompanha a gente há um tempo aqui no blog, ou no instagram, já sabe que a gente gosta de viajar com calma, aproveitando bem cada destino, sem fazer nada correndo. Então, a gente sempre vai falar pra você ficar o máximo que puder nos lugares! rsrs

De qualquer forma, achamos que o mais importante é não fazer tudo correndo, e sempre tentar adaptar a viagem à sua disponibilidade: se você tiver pouco tempo, escolha conhecer menos lugares. Se tiver mais tempo, aproveite para explorar melhor outras regiões.

Nós ficamos 17 dias, e conhecemos apenas 3 regiões, mas podemos dizer que conseguimos dividir muito bem o nosso tempo, e ainda sobrou alguns dias livres, pra gente simplesmente dar uma volta, descansar e sentir a vibe do local.

O pôr do sol nas praias de Seminyak é um espetáculo à parte.

Lembre-se que os deslocamentos entre as regiões são longos, e você acaba perdendo boa parte do dia no trajeto. Nossa ida de Tulamben para Seminyak, por exemplo, demorou quase 3 horas!

Ficamos 8 dias em Ubud, mas queríamos ter ficado muito mais. A gente se apaixonou muito pela cidade, e é uma tristeza pensar que tem gente que vai pra Bali e nem sequer passa 1 noite em Ubud, simplesmente faz um bate-volta para conhecer os templos. Não faça isso. Ubud é incrível, e para conhecer e sentir toda essa vibe mágica que falamos antes, você precisa explorá-la com calma.

Não vamos dar uma sugestão, vamos te fazer um pedido: por favor, fique pelo menos 4 dias em Ubud!  O passeio pelos templos leva o dia todo, é cansativo, e você vai amar ter um dia livre para bater perna pelas ruas cheias de lojinhas e restaurantes charmosos de Ubud.

Quanto custa uma viagem para Bali?

Os Terraços de Arroz são tradição em Ubud, e formam paisagens lindas.

Embora extremamente turística, Bali é um destino bem barato. A única coisa que é cara de fato é a passagem aérea. Vamos deixar aqui uma média, em dólar, de quanto gastamos em cada uma das categorias abaixo, pra te ajudar a ter uma base e se planejar financeiramente.

• HOSPEDAGEM – US$18 por dia, em quarto duplo.
• ALIMENTAÇÃO – US$2 a US$7 por refeição, por pessoa.
• TRANSPORTE – US$20 por dia de deslocamento ou de passeio.
• PASSEIOS – US$2 – US$5 por atração (entrada nos templos).
• MERGULHO – US$30 por mergulho (em um pacote de 3 mergulhos, sendo 1 noturno).

Se quiser saber mais detalhes, leia esse outro artigo sobre os nossos gastos em Bali.

Melhor época para viajar para Bali

Quando se trata de Sudeste Asiático, é muito importante pesquisar sobre a época em que você pretende viajar, pois a região sofre com monções (fortes chuvas, muito vento e até tufões) em determinados períodos do ano.

A Indonésia, em geral, tem um clima muito quente e úmido o ano todo. E a vantagem é que as monções aqui acabam não sendo muito fortes como em outras regiões da Ásia, então é possível visitar o país mesmo na época de chuvas.

Cachoeira, floresta e balanço: combo bem turístico de Bali.

De todo modo, ninguém quer tirar férias para pegar chuva, né? Então se liga nesse esquema pra te ajudar no planejamento:

De Outubro a Março é quando mais chove, mas é uma chuva leve, e acontece mais no final da tarde, sem deixar o dia todo nublado. (Ou seja, dá pra pegar um solzinho na praia de manhã!)

De Maio a Setembro o clima fica mais estável, mas é a alta temporada, o que significa também preços mais altos.

Isso é com relação ao país inteiro, mas lembre-se que a Indonésia é formada por mais de 17mil ilhas! Então, há uma certa variação nessa previsão dependendo do lugar.

Falando especificamente sobre Bali, a melhor época para visitar a ilha seria entre abril e outubro. Mas a prova de que não precisamos levar essa previsão à risca é que nós estivemos lá no finalzinho de fevereiro e começo de março, e não tivemos nenhum problema! Teve apenas 2 dias que pegamos uma chuva bem forte no fim da tarde, mas nada que prejudicou os nossos planos. 😉

O que mais você precisa saber antes de ir para Bali

Cuidado com os macacos! Tire fotos, mas não ofereça comida, fique de olho nos seus pertences.

GOLPES – Já falamos um pouco no início do artigo, mas é sempre bom reforçar: cuidado com os golpes ao trocar dinheiro! Procure sempre por casas de câmbio maiores e lugares de confiança. Você provavelmente vai encontrar lojas nas ruas com cotações incríveis, desconfie e mantenha-se atento. E confira o dinheiro mais de uma vez, antes de ir embora.

ROUPAS – Nas regiões de praia e para andar na rua em geral é muito tranquilo, tanto homens como mulheres não precisam encanar com a vestimenta. Já para entrar nos templos, é preciso usar o sarong, que nada mais é que uma espécie de canga ou lenço enrolado na cintura – tanto para homens quanto para mulheres! Alguns templos emprestam um sarong para os turistas, mas você se você tiver uma canga, dessas de praia mesmo, também pode usar!

SAPATOS – Se você se hospedar em uma homestay, ou for em algum restaurante ou loja, e notar uma pilha de sapatos do lado de fora, é uma indicação para que você faça o mesmo e tire os sapatos antes de entrar. É um sinal de respeito.

MACACOS – Tanto na Monkey Forest, como o próprio nome diz, quanto em alguns templos de Bali, você verá macacos. Apesar de serem lindos e parecerem dóceis, não se esqueça que são animais selvagens! Tome muito cuidado com seus pertences (há casos de turistas que perderam óculos escuros, bonés, colares) e obedeça as regras desses lugares: não leve comida e não deixe sua mochila ou bolsa aberta e desprotegida. Os macacos são espertos e ágeis, e podem se tornar agressivos, em busca de comida.

COMPRAS – O que falamos aqui sobre negociar preço com os taxistas se aplica para todo tipo de compras que você for fazer. Se você realmente quiser comprar algo, pechinche e negocie o preço antes de pagar. Mas lembre-se também de negociar até um valor que você considere justo. Às vezes, US$2 a mais ou a menos pode fazer mais diferença pra eles do que pra você. Agora, se você não tiver a intenção de comprar, nem pergunte o preço, pois eles são muito insistentes, e podem até ficar bravos se não conseguirem fechar o negócio.

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