Quando planejamos uma viagem, além de pensar no roteiro, passagens, hospedagem, e outros detalhes como aluguel de carro ou reserva antecipada de ingressos e atrações, uma coisa que não deixamos de pesquisar é como ter internet no celular para usar no destino que vamos.
Isso porque, hoje em dia, viajar sem internet pode ser um grande dificultador. Precisamos da internet para pedir um Uber, pesquisar opções de transporte disponíveis, acessar mapas e traçar rotas, traduzir uma conversa ou o cardápio do restaurante, acionar o seguro viagem… enfim!
É através da internet que você terá acesso aos principais serviços do seu celular, e nem sempre você terá uma conexão WIFI disponível. É por isso que estar conectado à internet no celular durante uma viagem internacional faz toda a diferença na qualidade da sua viagem, e garante que ela seja mais tranquila e segura.
Mas a questão é: como ter acesso à internet no celular durante uma viagem internacional? Como adquirir um chip internacional no exterior? É sobre isso que vamos falar neste artigo!
Vantagens de ter internet no celular quando viajar para o exterior
Como já mencionamos na introdução deste artigo, ter acesso à internet no celular enquanto viaja proporciona uma série de benefícios, como:
Navegação e informações em tempo real: para acessar mapas, traçar rotas, encontrar restaurantes, atrações locais e informações como horários de funcionamento, preços etc
Segurança: acesso rápido a serviços de emergência, acionamento do Seguro Viagem, e comunicação com amigos e familiares, sem depender de redes públicas.
Comunicação: acesso a aplicativos de tradução instantânea, seja para se comunicar com alguém em outro idioma, ou para entender o que está escrito no cardápio de um restaurante, ou nas instruções da bilheteria do transporte público, por exemplo.
Transporte: acesso a aplicativos para pedir Uber ou Táxi, e informações sobre a rede de transporte público local (linhas, horários, preços etc)
Especialmente se você vai viajar sozinho(a), ter internet no celular é uma medida de segurança extra, para não se perder em um destino desconhecido, ou caso precise se comunicar com alguém.
As principais formas de ter internet no celular em uma viagem internacional
Felizmente, hoje em dia existem várias maneiras de ficar conectado e garantir internet no celular durante uma viagem internacional. Algumas são mais caras, outras mais acessíveis, algumas mais simples e outras que dão um pouco mais de trabalho.
Veja abaixo as principais formas, que também já usamos e testamos em diferentes destinos, e escolha a que mais se adapta ao seu estilo de viagem, e ao seu orçamento.
Como as taxas de roaming internacional das operadoras brasileiras são altíssimas, acionar essa alternativa nunca foi uma opção para as nossas viagens, e ela nem entra na nossa lista.
Wi-Fi Público (gratuito ou pago)
Disponível em aeroportos, hotéis, cafés e algumas praças ou pontos turísticos. Geralmente é uma opção gratuita, mas mesmo nos casos em que é cobrada uma taxa por uso, essa acaba sendo a forma mais barata de se conseguir usar a internet no celular durante a sua viagem.
Dependendo do destino, e da duração da viagem, acabamos optando por essa opção. Foi o que fizemos nas Filipinas e na Tanzânia, por exemplo. Em ambos os casos, não fizemos grandes deslocamentos, ficamos pouco tempo, e acabamos conseguindo nos virar bem apenas com o Wi-Fi disponível nos hotéis e nos restaurantes da ilha que ficamos.
Mas sabemos que nem sempre é assim. Não dá pra depender da disponibilidade de Wi-Fi público o tempo todo, em todo destino.
Além disso, por serem públicas, as redes Wi-Fi nem sempre oferecem uma conexão 100% segura. Assim, essa não é a forma mais indicada se você precisar acessar o aplicativo ou site do seu banco para fazer alguma transação financeira.
Chip Pré-Pago Local
Essa é geralmente a nossa escolha principal. Na maioria das viagens que já fizemos, optamos por comprar um chip pré-pago local quando chegamos no destino, para ter mais garantia e liberdade de acesso à internet.
Foi assim na maior parte da nossa viagem de volta ao mundo. Invariavelmente, o primeiro dia em cada novo destino era reservado para ir atrás de uma operadora de celular local para adquirir o bendito chip, e termos a liberdade de nos deslocar pelo novo destino com segurança, e conectados.
O chip pré-pago local geralmente oferece boa cobertura de dados, e costuma ter um valor bem acessível. Dependendo do destino, e da operadora em questão, você vai encontrar algumas opções, desde pacotes de dados com 5GB, 10GB ou 15GB e alguns minutos para ligações, até pacotes de dados e ligações ilimitados, e sempre por um período específico, de 7, 15 ou 30 dias, por exemplo.
Nesses casos, basta avaliar as opções disponíveis, e escolher a que melhor se encaixa para as necessidades da sua viagem.
A desvantagem do chip pré-pago local é que ele demanda um certo tempo e esforço para adquirir o chip. Primeiro, você precisa pesquisar qual operadora local oferece uma boa cobertura. Depois, buscar no mapa qual o ponto de venda mais próximo daquela operadora, e chegando lá, entender quais os pacotes oferecidos.
Parece simples, mas dependendo do destino, e do idioma local, essa busca pode ser exaustiva. Sem falar que, só para conseguir fazer essa pesquisa inicial, você já precisa ter acesso à internet!
Nesse caso, é sempre aconselhável já planejar tudo antes de viajar, fazendo uma boa pesquisa em blogs e sites de viagem que já passaram pelo seu destino.
Além disso, alguns destinos podem ser bem chatos na hora de vender um chip para turistas. Tivemos dor de cabeça com isso na Índia e na Turquia. Na Índia, pediram uma série de documentos, incluindo cópia do nosso Passaporte e foto 3×4 (juro!). Já na Turquia, o sofrimento foi pra conseguir ser atendido na loja… o funcionário que nos recebeu não falava inglês, nós também não entendíamos o que ele estava falando, e nisso foi um bom tempo perdido até que outro funcionário conseguiu nos ajudar.
Outro problema que pode acontecer ao adquirir um chip pré-pago local durante uma viagem internacional são os golpes contra turistas. Na Indonésia isso poderia ter sido uma questão, mas fomos previamente alertados por uma guia brasileira que conhecemos lá. No fim, ela se prontificou a intermediar a compra do nosso chip, alegando que a maioria dos lugares cobrava mais caro, e entregava uma velocidade mais baixa para turistas.
eSIM (ou Chip Virtual)
Nos últimos anos surgiu uma alternativa mais simples, rápida e bem eficaz para conseguir internet no celular durante uma viagem para fora do Brasil: o eSIM, ou chip virtual. Você já conhecia?
Funciona basicamente como o Chip Pré-Pago Local, uma vez que ele se conecta às redes locais de cada destino, mas com a diferença de que, com o eSIM, você não precisa remover o seu chip brasileiro para colocar outro internacional. Então, é como se você tivesse 2 chips no mesmo aparelho, só que um deles é virtual.
Nesse caso, após a instalação (que pode ser feita ainda no Brasil), você já chega no seu destino conectado, e não precisa comprometer um tempo do seu roteiro para resolver toda a burocracia que citamos no caso do chip pré-pago local.
Na época da nossa volta ao mundo, ainda não existia essa tecnologia, mas com certeza ela teria sido uma ótima solução, moderna e bem conveniente.
No site das empresas que oferecem essa alternativa, como a Airalo, você escolhe qual o destino e duração da sua viagem, e qual a franquia de dados que vai precisar. Aí é só fazer a compra, e seguir as instruções para instalação e ativação do eSIM no seu aparelho.
Não precisa se deslocar para nenhuma loja, não precisa pagar frete ou esperar a entrega, não precisa remover o seu chip atual. É tudo online, e praticamente instantâneo. É por isso que essa é uma das formas mais práticas e fáceis de ter acesso à internet no celular durante uma viagem internacional.
Outra vantagem é que o eSIM é pré-pago, você determina previamente quanto quer gastar, e por quanto tempo ele ficará ativo.
Por outro lado, por ser uma tecnologia relativamente nova, o eSIM ainda não está disponível para todos os modelos de aparelhos. Mas a tendência é que cada vez mais aparelhos sejam compatíveis, e que, inclusive, o chip físico que usamos aqui mesmo no Brasil deixe de existir, e seja tudo virtual.