Quase 2 meses antes de darmos início à nossa viagem de Volta ao Mundo, escrevemos um post explicando como calculamos nosso orçamento para 1 ano de viagem. Agora que a viagem acabou, nada mais justo que atualizar o post anterior com os nossos gastos reais.
Afinal: quanto custa uma volta ao mundo? Conseguimos manter o orçamento que planejamos? Quanto DE FATO gastamos por dia? E quanto você precisa juntar de dinheiro para fazer uma viagem dessas?
Vamos tentar responder essas e outras perguntas nesse post. Mas, se ainda ficar alguma dúvida no final, deixa um comentário! Assim podemos tentar ajudar mais pessoas que surgirem com a mesma dúvida que a sua! 😉
Afinal, quanto custou a nossa Volta ao Mundo?
Nossa média de gastos diária pré-estabelecida era de US$30 por pessoa (US$60 para nós dois). Nessa média, queríamos incluir TUDO: passagens aéreas, hospedagens, alimentação, passeios, transporte, compras…
Para conseguir calcular isso, anotávamos todos os nossos gastos em uma planilha. (Se você quiser receber um modelo igual à planilha que usamos durante a nossa Volta ao Mundo, clique aqui!)
Antes de revelar quanto gastamos na nossa viagem, gostaríamos de fazer algumas considerações:
CADA VIAGEM É ÚNICA
A Capadócia foi um dos lugares mais surreais que conhecemos na nossa Volta ao Mundo.
E isso quer dizer que a nossa média de gastos deve servir apenas como uma base. Não dá pra levá-la na ponta do lápis, porque as nossas prioridades, e as nossas escolhas ao longo da viagem, podem não ser as mesmas que as suas.
A começar pelo valor das PASSAGENS AÉREAS, que vão variar muito de acordo com a rota e época do ano escolhidas.
Além disso, por conta do blog, conseguimos várias PARCERIAS ao longo da viagem (principalmente com hospedagem e mergulho), que nos pouparam um gasto financeiro ao nos possibilitar trocar nosso trabalho por esses serviços. Mas, ainda assim, a maior parte dos nossos gastos vinha do $$ que guardamos ao longo de muito tempo trabalhando para isso.
Nossa ida para o Serengeti, na Tanzânia, foi uma parceria com a Coastal Aviation e o Four Seasons.
Ou seja, antes de tentar encontrar a resposta para Quanto Custa uma Volta ao Mundo?, o ideal é que você faça uma análise sobre qual é o seu ESTILO DE VIAGEM. No nosso caso, não somos o que se poderia chamar de “mochileiro raiz”, e nos permitimos alguns confortos durante a viagem.
Por exemplo, não ficamos em muito hostel, e, quando ficamos, demos preferência para quartos privativos. Cozinhamos algumas vezes “em casa” (menos do que poderíamos, e mais do que gostaríamos). E muitas vezes demos preferência ao Uber ou outro app similar ao invés dos ônibus locais ou outro tipo de transporte.
Essa opção do Uber me lembrou também um outro ponto importante a destacar: nossas mochilas estavam pesadas! O que pode ser considerado um erro do ponto de vista do MOCHILEIRO, mas é que estávamos carregando todo o nosso equipamento de mergulho. Eram cerca de 23kg para cada um — e isso é MUITO pra quem está numa viagem cheia de deslocamentos, como é o caso de uma Volta ao Mundo!
2 mochilões de 23kg e 2 mochilas de mão pra cada um!
Com as mochilas mais leves, teríamos economizado com passagens aéreas, pois pagaríamos menos (ou nada) para despachá-las. Além disso, também teríamos usado menos Uber e mais transportes locais (ou até mesmo teríamos feito muitos deslocamentos à pé), já que o peso nas costas não seria um problema. Vamos falar melhor sobre esse assunto em outro post!
Agora, sim! Levando tudo isso que falamos em consideração, você está pronto para a próxima etapa. Vamos aos números!
QUANTO CUSTOU A NOSSA VOLTA AO MUNDO
Ao final da viagem, essa foi a nossa média diária aproximada de gastos por país:
Quanto gastamos, em média, por país durante a nossa Volta ao Mundo.
Bom, de cara você já pode concluir que estouramos o orçamento pretendido! Nossa média final foi de US$85 diários (para o casal). Lembrando que nessa média estamos incluindo TODOS os nossos gastos: desde a passagem aérea até o cafezinho depois do almoço!
Poderíamos ter gastado menos? Poderíamos! Mas alguns fatores contribuíram pra esse estouro:
1. o dólar aumentou! No início da viagem ele estava a R$3,30, e só foi aumentando… chegou a bater R$4,60!
2. como já dissemos anteriormente, optamos por ter mais conforto ao longo da viagem, e, conscientemente, escolhemos hospedagens um pouco melhores do que as opções mais baratas disponíveis.
3. como já dissemos em outro post, o Hawaii foi um grande responsável pela nossa média diária ter estourado logo no início da viagem. Ôh lugarzinho caro!
Praia de Waikiki, uma das mais famosas (e mais turísticas) do Havaí.
Acrescento ainda nessa última categoria a Tanzânia, ou melhor dizendo, o Serengeti. A experiência que tivemos com o Four Seasons Serengeti foi inesquecível mas, embora tenha sido também uma parceria, ainda tivemos que arcar com a taxa diária do Parque Nacional Serengeti — que já é uma bela bica!
Se você não sabe do que estamos falando, veja o destaque Tanzânia nos stories do nosso Instagram. Lá a gente explica sobre a parceria linda que fizemos — e que nos proporcionou um dos momentos mais mágicos de toda a viagem.
Ah, e não se deixe enganar pela nossa média de gastos na Itália… O país da pizza não é um destino barato! Aqui a gente conta como conseguimos hospedagem gratuita em Roma, o que foi fundamental para toda essa economia, além de termos ficado muito tempo em casa, trabalhando no blog!
CONCLUSÃO
No complexo do Grand Palace, em Bangkok (Tailândia).
A intenção de fazer esse post era compartilhar a nossa experiência financeira para tentar ajudar outras pessoas a planejarem as próprias viagens de volta ao mundo!
Sabemos, por experiência própria, como é difícil encontrar esse tipo de informação na internet. E saber quanto custou a volta ao mundo de outras pessoas pode ser um norte pra te ajudar a planejar a sua…
Embora a gente tenha gastado mais do que o previsto no nosso planejamento inicial, continuamos defendendo que é possível fazer uma volta ao mundo gastando menos.
É muito delicado conseguir estabelecer um mínimo necessário, pois, como já dissemos, isso depende muito do estilo de viagem de cada um. De todo modo, achamos que um orçamento menor que US$30 diários por pessoa (com as passagens aéreas) implica numa viagem bastante econômica. Não é impossível. Mas pode ser difícil, e lembre-se de ter uma margem para uma possível variação do dólar no meio do caminho…
A Índia é um país barato. O que acabou encarecendo um pouco a nossa passagem pelo país do Taj Mahal foram os muitos deslocamentos que fizemos em pouco tempo (foram 5 cidades em 15 dias!).
Pra gente conseguir se manter no nosso orçamento inicial de US$60 diários, teríamos que ter optado por visitar menos lugares. Ou ter ficado mais tempo em lugares relativamente baratos. Ou ainda, como já dissemos, não ter carregado todo nosso equipamento de mergulho nas costas.
Mas enfim! Não nos arrependemos dos gastos que tivemos e das escolhas que fizemos. A volta ao mundo foi um dos melhores investimentos das nossas vidas.
Se você também está pensando em fazer uma viagem dessas, mas está um pouco perdido com relação ao planejamento financeiro e organização da viagem em si, vamos conversar! Manda uma mensagem pra gente que podemos tentar te ajudar a, pelo menos, clarear um pouco mais a mente. 😉
O sorriso de quem incluiu as Filipinas no roteiro de última hora e fez um dos melhores mergulhos da vida!
2 Comentários
Boa tarde, tudo bem? Minha namorada conheceu a sua mãe em uma auditoria e ela nos indicou a sua página no Instagram. Parabéns pela iniciativa e sinto que nosso sonho de viajar o mundo pode não estar tão distante assim, obrigada!
Oi Sheila! Ahh obrigado!! Ficamos muito felizes com sua mensagem! 🙂 <3 Com um pouco de organização e persistência, nenhum sonho é impossível! 😉