09.07.2018 | data da viagem: 03.12.2017

Quando definimos que, ao invés de apenas Oahu, iríamos aproveitar nossa passagem pelo Havaí para conhecer um pouco das outras ilhas, tínhamos apenas uma certeza: teríamos que ir para Big Island, para mergulhar com as Raias Mantas.

E fomos.

E foi incrível.

Mas antes de contar essa experiência, a nossa chegada em Big Island por si só já merece um post exclusivo. E é sobre isso que vamos contar aqui.

Chegando em Big Island, no Havaí.

Saímos da ilha de Maui e chegamos em Big Island após um vôo com a Mokulele Airlines, no menor avião que já entramos: eram 8 passageiros + piloto e co-piloto. Só. Compartimento para bagagem de mão? Não tinha. Foi no colo mesmo! O próprio co-piloto foi quem deu as instruções de segurança, já sentado na cabine e se inclinando na cadeira, como quem conversa com um passageiro no banco de trás do carro.

Esse era o avião da Mokulele Airlines. Olha ali o co-piloto dando as instruções de segurança.

Ficamos um pouco tensos no início, pensando que poderia ter muita turbulência e tal… Mas não tinha mais o que fazer. É isso! Bota o cinto aí e vambora!

Teve turbulência, mas foi mais na hora da decolagem e do pouso. Durante o vôo até que foi tudo bem. E foi um vôo rápido também, cerca de 40 minutos depois já estávamos pousando em Big Island… e foi aí que a aventura de verdade começou.

Partiu Big Island!

Existem 3 aeroportos em Big Island: um em Kona, outro em Hilo e outro em Waimea. Já falamos aqui que Kona e Hilo são as principais cidades de Big Island, com melhor estrutura etc. E falamos também que nossa sugestão para quem vai para essa ilha é dividir a estadia nas duas cidades, assim você consegue cobrir uma parte melhor dos pontos turísticos sem ter que se deslocar muito.

Iríamos passar os 2 primeiros dias em Kona, mas a passagem para o aeroporto de Waimea era consideravelmente mais barata. Adivinha em qual aeroporto desembarcamos?

Vamos dar uma olhada no mapa para entender a nossa situação…

Os 3 aeroportos que existem em Big Island. Só recomendamos utilizar o aeroporto de Kona e Hilo.

Além de ser um aeroporto minúsculo, Waimea fica longe de tudo. De tudo. Não tem transporte público, não tem taxi, e nenhum Uber aceita corrida até lá. Mas nós sabíamos disso antes de comprar a passagem? Não sabíamos. A gente até tinha visto que esse aeroporto ficava meio longe, mas imaginamos que no mínimo teria a possibilidade de pegar algum táxi, por mais caro que fosse… mas não tinha. E o que aconteceu quando desembarcamos? Simplesmente percebemos que NÃO TÍNHAMOS COMO SAIR DO AEROPORTO! 😳

“Vamos pedir carona pra alguma outra pessoa que estava no mesmo vôo que a gente!” Mas, cadê essas pessoas? Já tinham ido embora antes mesmo que pudéssemos elaborar melhor essa possibilidade.

Foi a primeira vez na viagem que nos vimos numa situação do tipo “E agora?”. (a segunda vez foi 5 dias mais tarde, quando estávamos saindo de Big Island, também no aeroporto, mas dessa vez no de Kona. Mas isso é assunto pra outro post.)

Vista do avião, chegando em Big Island.

Fato é que não tinha muito o que ser feito. Colocamos as mochilas nas costas e saímos a pé, à procura de algum centrinho, ou uma região um pouco mais movimentada – porque o aeroporto ficava no meio do nada mesmo -, para tentar uma carona, um ônibus, ou algo do tipo…

Foi então que o co-piloto nos encontrou, em seu carro, a poucos metros do aeroporto. Encostou e perguntou para onde iríamos. Ele disse que Kona estava muito longe, mas que ele poderia nos deixar em um Shopping Center ali perto, e de lá, poderíamos buscar outra solução. Agradecemos e aceitamos na hora!

O tal do Shopping não era muito longe dali (cerca de 3km). Após dar uma volta em busca de alguma solução, perguntamos para algumas pessoas sobre formas alternativas para chegar até Kona, mas as respostas que tivemos não eram muito animadoras, principalmente pelo fato de ser um Domingo, e as poucas opções que teríamos (táxi ou ônibus) já não eram mais uma opção, pois não estavam mais disponíveis. O Uber continuava não aceitando corridas para lá.  Assim, poucos minutos depois, percebemos que não nos restaria outra opção a não ser ir pra rua e fazer jus ao título desse post: PEDIR CARONA!

Felizmente não tivemos que esperar muito. Após uns 5 minutos acenando para todos os carros que passavam, uma moça maravilhosa parou e disse que estava indo para… Kona! No vídeo dá pra ver a nossa felicidade e gratidão eterna a ela! <3

Com essa experiência, aprendemos que existem pessoas boas no mundo e que, no fim, tudo dá certo. (E prometemos para nós mesmos que, da próxima vez que estivéssemos com um carro e alguém pedisse carona na estrada, íamos considerar seriamente a possibilidade de parar para ajudar.)

E você? Já teve que pedir carona em alguma viagem? Como foi?

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