O que fazer em Hilo (Big Island, Havaí)

15/07/2018 | atualizado em 07/09/2023

Uma das incríveis paisagens que você verá ao dirigir pelas estradas de Big Island, no Hawaii.

 

O Havaí é um arquipélago formado por 4 ilhas principais, sendo que a maior delas, a Ilha Havaí, é conhecida simplesmente como Big Island.

 

Dentro de Big Island existem várias regiões que, pra facilitar o entendimento aqui, podemos chamar de pequenas cidades. As mais conhecidas, e onde se encontram os 2 aeroportos principais da ilha, são Kailua-Kona e Hilo.

 

 

Como cada uma fica localizada em um lado oposto da ilha, o ideal para evitar longas viagens de carro todo dia é dividir a sua viagem e se hospedar uma parte em Kona e outra em Hilo.

 

Foi isso que fizemos. Dos 4 dias que passamos em Big Island, 2 foram em Kona (onde mergulhamos com as raias mantas) e os outros 2 foram em Hilo, de onde fizemos os outros passeios que vamos contar nesse post.

 

Durante esses 2 dias, ficamos hospedados em uma pousada super charmosa: GreenWillMind Bed & Breakfast.

 

A pousada charmosa em que ficamos em Hilo, Big Island.

 

As meninas que trabalham lá nos receberam super bem, deram várias dicas do que fazer na região e fizeram nos sentir em casa, com um café-da-manhã cheio de frutas tropicais (orgânicas e colhidas localmente), pão caseiro feito por elas mesmas, além de suco, leite, peanut butter e geleias à disposição na geladeira da cozinha comunitária. Achamos muito legal o café-da-manhã servido dessa forma, pois evita-se o desperdício e você não precisa se preocupar com detalhes que dificilmente você compraria durante a viagem (como um pote inteiro de geléia ou uma garrafa de leite só para você).

 

Cozinha e área comum da GreenWillMind Bed & Breakfast.

 

Pão caseiro no café-da-manhã.

 

Com apenas 3 quartos, e o carinho com que as meninas que cuidam do local demonstram ter, o clima familiar e aconchegante se mantém sem muito esforço. A cama é super confortável, e ótima para relaxar e dormir bem depois de um dia inteiro andando pelas trilhas do Parque Nacional dos Vulcões.

 

Ligeiramente afastada do centro (a apenas 10min de carro), achamos a pousada muito bem localizada, em uma região mais calma e silenciosa, e super perto da estrada para o Mauna Kea, uma das principais atrações de Hilo.

 

O que mais nos chamou atenção – e nos fez gostar ainda mais do lugar – é a consciência ambiental e respeito pela comunidade e pela natureza que eles tem, reciclando, reaproveitando e preferindo fornecedores locais, até mesmo na hora de decorar o ambiente, sendo que os móveis das áreas em comum – lindos, por sinal! – foram feitos por um artista da comunidade. E todo esse pensamento e filosofia se encaixam muito com o que nós também acreditamos e defendemos.

 

Cada quarto tem sua prateleira na cozinha, para guardar mantimentos.

 

Para fazer a sua reserva, você pode encontrar a pousada no Booking e, se fizer a reserva usando o nosso link, você não paga nada a mais por isso, e ainda incentiva a gente a continuar produzindo mais conteúdo para o blog! 🙂

 

Charmosa e aconchegante são os melhores adjetivos para definir a pousada.

 

Tem muita coisa para fazer em Hilo, mas como só tínhamos 2 dias para “turistar”, e sempre gostamos de fazer tudo com calma, tivemos que optar por deixar algumas atrações de lado e acabamos não conhecendo a famosa cachoeira Rainbow Falls e nem o Mauna Loa (conhecido por ser o maior vulcão ativo do mundo, com mais de 4 mil metros de altitude).

 

Parte dessa escolha foi porque a Tatá estava com a perna machucada – por ter encostado em um ouriço do mar no mergulho noturno que fizemos com as mantas alguns dias antes (contamos sobre isso aqui).

 

Enfim, acabamos elegendo 3 atrações para visitar nos 2 dias que passamos em Hilo:

 

MAUNA KEA

 

Observatórios astronômicos no topo do Mauna Kea. (foto: divulgação)

 

O Mauna Kea é um vulcão extinto, cuja última erupção foi há 4.500 anos. É o ponto mais elevado de todo o Havaí e a maior montanha do mundo, com 10.105m se considerarmos sua base que esta no fundo do Oceano Pacífico (sendo 4.207m acima do nível do mar).

 

Mauna Kea é uma expressão havaiana que significa “montanha branca”, e faz referência ao seu topo, que quase sempre está coberto de neve. E isso é uma das coisas mais incríveis desse lugar: você sai de um clima tropical na praia para uma montanha com neve! O Hawaii é sensacional!

 

É um dos poucos lugares do mundo onde você pode dirigir do nível do mar até 4 mil metros em apenas 2 horas. E, por isso, é extremamente recomendado que se faça uma parada no Visitor Center (que está localizado a quase 3 mil metros de altitude) para aclimatizar antes de dar continuidade à subida até o topo do vulcão.

 

Atenção mergulhadores! A altitude é tanta que, caso você esteja planejando mergulhar em Big Island, só pode subir no Mauna Kea depois de 24h. Então lembre-se de planejar direitinho o seu roteiro! 😉

 

Na estrada a caminho do Mauna Kea.

 

Além disso, é recomendado também um carro 4×4 para prosseguir com a subida. Nós não estávamos com um 4×4, mas lemos em vários lugares que algumas pessoas sobem até o Visitor Center em um carro normal e lá conseguem carona com outros turistas que estão com o carro apropriado.

 

Nós subimos até o Visitor Center com essa intenção, mas chegando lá descobrimos que a estrada para o topo estava fechada devido ao vento muito forte que fazia naquele dia. Ou seja, não conseguimos subir! 🙁

 

Ao chegar no Visitor Center, nos deparamos com essa placa!

 

Mas pudemos comprovar a necessidade da parada para aclimatização: a Tatá estava sentindo uma dor de cabeça e pressão em toda a face tão forte que parecia que a cabeça ia explodir. Sem brincadeira. Se a estrada estivesse aberta, iríamos ter que ficar pelo menos uns 30 minutos ali no Visitor Center para ver se a situação melhorava, mas como não era o caso, ficamos pouco tempo e já começamos o caminho de volta.

 

A gente mostra como foi essa saga nesse vídeo.

 

BLACK SAND BEACH

 

Uma praia com areia preta!

 

Existem várias “Black Sand Seaches” no Havaí, que nada mais são do que praias de areia preta! E, sim, a areia dessas praias é preta mesmo, resultado da erosão das pedras vulcânicas próximas da costa. Se você pegar a areia e olhar bem de perto, consegue enxergar os pedacinhos pequenos de pedrinha vulcânica.

 

A areia preta é resultado da erosão das pedras vulcânicas presentes na costa.

 

Nós fomos na Kaimu Black Sand Beach, e, pra nossa surpresa, a trilha que leva até a praia é ainda mais interessante do que a própria praia em si. Pelo menos foi o que nós achamos (e depois de ver as fotos abaixo, achamos que vocês vão concordar com a gente…).

 

São cerca de 300m em um caminho inteiro coberto de lava seca, resultado de uma série de erupções do vulcão Kilauea entre 1983 e 1990.

 

Chegamos na Black Sand Beach.. só que ainda não!

 

Caminhando sobre pedras vulcânicas para chegar à Black Sand Beach.

 

É ao mesmo tempo triste e incrível poder caminhar por um lugar que surgiu há menos de 30 anos, se pensarmos em toda a destruição que a lava causou, e em toda a nova paisagem que esta se formando debaixo dos nossos olhos.

 

Nesse site aqui dá pra ter uma ideia de como era a paisagem antes e depois da atividade do vulcão.

 

São paisagens muito surreais!

 

 

PARQUE NACIONAL DOS VULCÕES

 

Aquele passeio imperdível para quem visita Big Island.

 

Um dos principais motivos que nos atraiu para Big Island era o fato de que lá existem 2 vulcões ativos: o Kilauea e o Mauna Loa. E esses vulcões ficam dentro do Parque Nacional dos Vulcões. Embora ativos, os vulcões são também previsíveis, e o passeio é seguro, desde que respeitadas todas as demarcações das trilhas que existem no parque.

 

São mais de 240 km de trilhas que passam por crateras, desertos e florestas tropicais. Mesmo se você não conseguir ver a lava saindo do vulcão, como foi o nosso caso (é muito difícil, aquela coisa de ter sorte de estar na hora certa no lugar certo, sabe?), mesmo assim é um lugar fascinante, e um passeio que não pode ficar de fora da sua viagem pelo Havaí.

 

Paisagens deslumbrantes pelas estradas do Parque Nacional dos Vulcões, no Havaí.

 

Três momentos marcaram nossa visita: a caverna feita pela lava (chamados lava tubes), o brilho incandescente da lava na cratera do vulcão Kilauea e o arco marítimo (uma das paisagens mais lindas da viagem).

 

Sea Arch: um arco marítimo formado pela erosão da água.

 

Dentro de um túnel formado pela passagem da lava do vulcão Kilauea.

 

O ingresso para o parque custa US$25 por carro (ou seja, se tiver 1 ou 4 pessoas dentro do carro, o valor é o mesmo), e é válido por 7 dias, durante os quais você pode retornar ao parque quantas vezes quiser.

 

Com essa informação em mente, dividimos nossa visita ao parque em 2 dias: o primeiro foi logo depois que voltamos do Mauna Kea (como não tínhamos conseguido subir até o topo, acabamos voltando mais cedo do que o planejado), e fomos para o parque já no começo da noite, que é a melhor hora para ver a lava incandescente na cratera do vulcão Kilauea.

 

O brilho da lava dentro da cratera do vulcão Kilauea.

 

No mesmo dia, visitamos também o museu, que fica do lado do mirante de onde pudemos ver a cratera, cheio de informações geológicas sobre os vulcões, e também sobre as lendas e crenças havaianas em torno deles. É tudo muito interessante, e a visita ao parque é imperdível!

 

Nesse vídeo abaixo, a gente mostra um pouco da Black Sand Beach e do Parque Nacional dos Vulcões:

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* Nossa estadia em Hilo foi uma parceria com a GreenWillMind Bed & Breakfast. Agradecemos o apoio, e ressaltamos que, independente disso, o conteúdo deste post reflete nossas opiniões pessoais, sinceras e baseadas na nossa experiência.

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